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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Designação de tristeza




Porque é que a vida é tão injusta para quem não merece? Para quem não fez nada de mal a ninguém para o merecer. Porque é que todos temos de sofrer? Isto é mais uma prova que o tal famoso ‘’Deus’’ não passa de uma ideia mórbida e sem sentido algum. Se esse ‘’Deus’’ existisse iria querer que todos fossemos felizes. Que não houvesse mais guerras, mais mortes injustas. Mortes a custo de outros. Se Deus existisse acham que ele iria querer que isto (o seu mundinho de fantasia) se tornasse assim? NISTO? Penso e tenho a certeza que não. Sim sou cristão. Mas é ao ver as coisas que vejo hoje em dia que torna que a minha ideia de não existir nenhum deus e de estarmos a ser tão deprimentes que nos deixamos guiar por um simples livro. No meu mundo a que chamo pensamento nada é assim. Cada pessoa age como quer agir com a simples razão de ser feliz. Mas a felicidade de uns tem que envolver a tristeza de outros (mais outra razão para eu pensar que o baptismo é simplesmente levarmos com água na cabeça para ver se acordamos). Eu sei que a vida é muito injusta (tal como já disse) mas caramba. Tinha de ser assim tanto? Não. Eu não fiquei esmagado debaixo de nenhum comboio nem me diagnosticaram cancro. Apenas que talvez se eu fosse diferente… Diferente não é a palavra correcta. Se eu fosse ‘’igual’’ a todos podia ser que hoje ainda teria alguém que estaria sempre do meu lado. Alguém a que eu chamava de MELHOR AMIGO. Mas graças ao magnífico ‘’destino’’ fez com que isso tudo de perdesse quando procuramos ser-mos verdadeiros e revelarmos o nosso maior segredo. Mas eu aprendi que nunca mais deverei fazer o mesmo. Pois eu decidi contar o meu maior segredo às pessoas que tinha mais ‘’confiança’’ (eu digo confiança com aspas pois a confiança quando é ganha é partilhada. E é muito mau saber que se confia numa pessoa mas que esse mesmo afecto não é partilhado) e reparei que a pessoa que eu queria que continuasse ao meu lado, que queria que não mudasse, não o fez. Começando-me por desprezar aos poucos (desprezar é um verbo que passei a odiar desde que isto aconteceu. Mas devo confessar que este novo eu gosta de o fazer de fez em quando). Desprezar até não haver uma única conversa com sentido. Eu sei que já passaram quase dois meses e que eu devia seguir em frente, mas não consigo. Porque acho tão injusto eu confiar em alguém o meu maior segredo e o que recebo em troca é desprezo. Sei que posso estar a parecer desesperado, mas à exactamente 5 meses ainda era feliz. Quase nada me tirava do sério. E agora isto. Vejo-me fechado em casa para não confrontar a pessoa que eu mais confiava. E devo confessar que sou um cobarde. Quando o vejo já não consigo lhe falar como falava em tempos. Na realidade quando o vejo ‘’petrifico’’ e então fujo. Sei que não é a atitude mais acertada a fazer, mas é o que o meu instinto me diz para fazer. E uma pessoa sendo diferente e chorar com saudades dos tempos passados já significa que está apaixonada por alguém? Penso e tenho a certeza que não. Se eu estivesse apaixonado, porque não me ter ‘’atirado’’ antes que ninguém sabia do meu segredo do que agora que todos sabem? Ainda ninguém conseguiu responder-me a esta pergunta. Sei que existem pessoas que sabem e concordam com este desprezo e com esta desilusão que me foi ‘’atribuída’’ mas devo dizer que ‘’esses’’ que concordam são extremamente tristes. Baseiam a sua ‘’vidinha’’ num lindo conto de fadas ou até mesmo nas telenovelas e então aprendem que existem pessoas que estão a mais. E por isso que devem ser afastadas. Parabéns. Conseguiram-me magoar como ninguém o fez. Não só me afastaram de uma das melhores pessoas que alguma fez conheci mas como também roubaram o meu sorriso. Podia fugir e tentar ser feliz noutro lugar, mas assim ainda seria mais cobarde e a minha vida não teria nenhuma ‘’pseudo-diversão’’. Por isso digo que temos de seguir em frente. E é isso que estou a tentar fazer. Estou a fracassar, claro, mas ao menos tento. Ainda não sei o porque de estar a escrever este pseudo desabafo, mas penso que o que procuro nele é ser ouvido e respeitado (tentativa frustrada? Sim talvez). Por isso não vou dialogar mais. Despeço-me por aqui numa tentativa que a vida passe a ter mais significado de hoje em diante.
Não me despeço com um adeus, mas talvez com um até breve.

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